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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Saiba as funções e composição do sangue e como doá-lo


O que é o Sangue
  O sangue é um tecido conjuntivo líquido, produzido na medula óssea vermelha, que flui pelas veias, artérias e capilares sanguíneos dos animais vertebrados e invertebrados. O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. 

Funções
  Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.

Composição do sangue
  Nele encontramos o plasma sangüíneo, responsável por 66% de seu volume, além das  hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição.
  A maior parte do plasma sanguíneo é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, uréia, etc.
 Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, transportam o oxigênio e o gás carbônico por todo o corpo.  Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea.
   O glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo. Eles protegem nosso organismo contra a invasão de microorganismos indesejados (vírus, bactérias e fungos). De forma bastante simples, podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de defesa".
  As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, evitando assim sua perda excessiva de sangue (hemorragia).
  Elas geralmente agem quando os vasos sanguíneos sofrem danos. Um exemplo  simples é o caso de uma picada de agulha, onde observa-se uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário.

Curiosidade: 
  O ramo que estuda o sangue e as suas doenças é a hematologia.

Doação de sangue total

O que é?
A doação é a retirada de aproximadamente 450 ml de sangue, através de inserção de uma agulha em um dos braços.
A coleta é feita por pessoal capacitado e sob supervisão de um médico ou enfermeiro, garantindo o bem estar do doador.
O ambiente deve ser limpo e confortável e o material descartável. Todo o processo da doação de sangue levam em torno de 55 minutos.
Doar sangue não dói, nem prejudica a sua saúde.

Por que doar sangue?
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, essencial à vida.
Todos os dias acontecem centenas de acidentes, cirurgias e queimaduras violentas que exigem transfusão, assim como os portadores de hemofilia, leucemia e anemias.
Além disso, doar sangue é um ato simples, tranquilo e seguro que não provoca risco ou prejuízo à saúde. Se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, os Hemocentros teriam Hemocomponentes suficiente para atender toda população. O sangue não tem substituto. Por isso a doação espontânea e periódica é fundamental. Uma única doação de sangue pode salvar várias vidas.
Doar sangue é uma atitude necessária, de solidariedade, cidadania e amor.
Lembre-se:
• Sangue não se fabrica artificialmente;
• O sangue doado não ultrapassa 10% do volume em circulação no corpo;
• A quantidade doada é reposta rapidamente;
• Você só doa novamente se quiser. A doação de sangue não vicia;
• A doação acontece em ambiente confortável e limpo;
• O doador é atendido por pessoal capacitado e qualificado para esta função.

Tipos de doação
O doador pode candidatar-se a doação de três formas:
• Doação Espontânea: feita de modo altruísta, como uma atitude solidária com um único interesse: ajudar o próximo.
• Doação vinculada: feita vinculada á algum paciente*.
• Doação autóloga: doar para si mesmo.


O que é necessário para doar?
O que é necessário para doar:
• Ter idade entre 18 e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
• Doadores com idade de 16 e 17 anos de idade, são aceitos para doação mediante a presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal;
• O limite de idade para primeira doação é de 60 anos;
• O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo;
• Pesar acima de 50 kg (com desconto de vestimentas);
• Apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial: RG., carteira profissional, carteira de motorista, etc.
• Ter repousado bem na noite antes da doação;
• Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas, nas 4 horas que antecedem a doação;
• Evitar uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas;
• Evitar vir acompanhado com crianças, sem acompanhantes.

Após a Doação?
• Não fumar por no mínimo duas horas;
• Nas 12 horas após a doação, não praticar exercícios físicos e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir caminhão, ônibus em rodovias, etc.
• Permanecer no serviço hemoterápico após a doação por 15 minutos;
• Não forçar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, para evitar sangramentos e hematomas;
• Retirar o curativo 4 horas após a doação.


Intervalo entre as doações:
• Mulheres: 90 dias/ 03 doações nos últimos 12 meses;
• Homens: 60 dias/ 04 doações nos últimos 12 meses.

Não pode doar:
Quem tem ou teve as seguintes doenças:
• Hepatite após os 11 anos de idade;
• Lepra (Hanseníase);
• Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto;
• Doença auto-imune;
• Doença de Chagas;
• AIDS;
• Problemas cardíacos (necessita avaliação e declaração do seu cardiologista);
• Diabetes;
• Câncer;

Outras situações:
• Fez ou faz uso de algumas drogas ilícitas nos últimos 12 meses;
• Mantém relações sexuais de risco;
• Gestantes ou mulheres que amamentam bebês com menos de 12 meses;

Devem aguardar para doar sangue:
• Quem fez algum tipo de procedimento dentário - de 1 a 30 dias (de acordo com o procedimento);
• Quem recebeu transfusão de sangue e ou parceiros (as) de pacientes que receberam sangue ou fazem hemodiálise – 1 ano;
• Tatuagem e piercing – de 6 meses à 1 ano (passará por avaliação);
• Piercing em língua ou órgão genital – 1 ano após a retirada
• Tiver algum desses sintomas (gripe, tosse, dor de garganta, rinite, febre, resfriado) – 7 dias após a cura;
• Diarreia – 1 semana após último episódio;
• Tiver alguma infecção não tratada ou em tratamento – 15 dias após cura;
• Herpes labial – após a cicatrização total da lesão;
• Aborto ou parto normal – 3 meses;
• Cesárea – 6 meses;
• Amamentação – liberado quando a criança tiver 1 ano;
• Cirurgia – pode variar de 1 à 12 meses;
• Doenças em geral - passará por avaliação na triagem;
• Vacinação:
- Brucelose, Cólera, Coqueluche, Difteria, Febre tifóide, Hemophillus influenzae, Hepatite A, Hepatite B recombinate, HPV, Influenza H1N1, Leptospirose, Meningite, Peste, Pneumoco, Pólio (Salk) e Tétano – 48 horas
- BCG, Caxumba, Febre amarela, Influenza, Pólio oral (Sabin), Rubéola, Sarampo, Varicela e Varíola – 4 semanas;
- Raiva após exposição com animal – 1 ano;
• Quem fizer uso de medicações (trazer sempre o nome de qualquer medicamento que tenha feito uso);
• Antibiótico: apto após 15 dias do uso e com cura da infecção;

Orientações preliminares ao doador de sangue:
• Antes da doação você passará por um processo de pré - triagem (verificação de sinais vitais) e uma entrevista individual;
• Se você estiver com algum problema de saúde ou apresentando sintomas como perda de peso, manchas na pele, caroços pelo corpo (ínguas), feridas na boca, não doe sangue e procure um médico;

  • Se você for considerado apto para doar serão coletados cerca de 450ml do seu sangue, além da bolsa serão coletadas amostras de sangue para exames.
  • Você realizará a higienização dos braços, com um produto chamado clorexidina, caso você seja alérgico, favor comunicar;
  • O material utilizado para coleta é estéril e descartável, sendo assim, não existe risco nenhum de contrair doenças infecciosas na doação;
  • Serão realizados exames para Hepatite B e C. Sífilis, Doença de Chagas, HIV, HTLV I e II, Tipagem sanguínea e fator RH, pesquisa de anticorpos irregulares.
  • Existem, no entanto, doenças que podem ser transmitidas pelo sangue a quem for recebê-lo, para os quais não são feitos exames, por isso a importância de comunicar qualquer tipo de doença;
  • Mesmo para os exames que são realizados, existe uma chance de dar resultado falso-negativo, ou seja a pessoa tem a doença, ou vírus, e o exame não consegue detectar por um período, logo após a pessoa contrair, chamado de janela imunológica. Por isso, a sinceridade do doador na entrevista é a maior segurança para quem vai receber o sangue;
  • Caso apresente alguma alteração, você será chamado para confirmação de exames (via correio) e receberá orientações da equipe de apoio ao doador de nosso serviço; podem ocorrer resultados duvidosos (inconclusivos), sem que, necessariamente, signifiquem doenças, que serão posteriormente reanalisados;
  • Os resultados positivos para HIV, Hepatite B e C, HTLV I e II, Sífilis e Chagas serão informados à Vigilância Epidemiológica;
  • Você também poderá ser chamado se o paciente que receber o seu sangue apresentar algum problema;
  • Geralmente os doadores não apresentam problemas durante a doação, mas algumas pessoas podem sentir-se mal. Neste caso, diante de qualquer anormalidade avise o profissional que o está atendendo que ele procederá os cuidados necessários para sua pronta recuperação;
  • Apesar de todos os cuidados alguns doadores podem sentir tonturas durante o dia da doação e há o risco de surgir hematomas e dor no local da punção;
  • Você tem o direito de desistir da doação caso não se sinta seguro e não deve doar se considerar que seu sangue pode causar algum problema para quem for recebê-lo;
  • Esclareça todas as suas dúvidas durante a entrevista.

Etapas da doação
1º Passo – Recepção e cadastro
• Apresentação do documento de identidade;
• Atualização de endereço, trabalho, etc.

2° Passo – Pré-triagem
• Peso, altura, verificação de pressão arterial, pulso e temperatura;
• Uma "picadinha" no dedo para verificar seu hematócrito e/ ou hemoglobina;

3° Passo – Entrevista clínica
• É confidencial e o sigilo é absoluto – confie em seu entrevistador e seja sincero;
• Você assinará um Termo de Consentimento onde refere ter entendido as informações recebidas, ter respondido com sinceridade ao questionário, concorda com a coleta de sangue e afirma que está ciente de que se houver resultados sorológicos alterados, será chamado pelo serviço de apoio ao doador;

4º Passo – Coleta de sangue
• Será realizada a coleta de 450 ml ± 45ml e amostras de sangue para exames obrigatórios por lei;

5º Passo – Lanche
• É fornecido lanche acompanhado por líquidos, para repor o volume retirado na doação. Em casa ou no trabalho continue ingerindo bastante líquido.


Observe o que acontece com o sangue doado:
• Após a coleta, o sangue é separado em seus componentes dentro de 6 a 8 horas, no setor de processamento;
Cada componentes do sangue tem uma finalidade:
1- Glóbulos vermelhos – servem para tratar anemias;
2- Plasma (parte líquida do sangue) – serve para tratar hemorragias. Parte do plasma é encaminhado para indústrias que produzem fatores de coagulação, utilizados para tratar hemofílicos;
3 – Plaquetas – servem para tratar ou evitar sangramentos, e em pessoas que fazem quimioterapia.

Processamento e Distribuição
Este setor realiza a separação do sangue em seus componentes para transfusão.
As bolsas coletadas são colocadas numa centrífuga que gira em uma determinada rotação por um período necessário para que o sangue seja fracionado, inicialmente em duas partes: a sólida e a líquida.
Os pacientes recebem somente a parte do sangue (hemocomponentes) que necessitam.
Alguns exemplos:
• As pessoas com grandes queimaduras precisam de Plasma;
• Os hemofílicos, pessoas que tem problemas de coagulação, necessitam do Fator VIII ou Crio Precipitado;
• Os portadores de anemias ou que tiveram hemorragias, recebem Concentrado de Hemácias;
• Os portadores de leucemia necessitam de Plaquetas.
Estoque de Hemocomponentes
Após a comprovação da qualidade do sangue, através dos exames sorológicos e imunohematológicos, os componentes do sangue são liberados para o estoque. No estoque, que localiza-se no Hemosc ou hospitais conveniados, os hemocomponentes são armazenados adequadamente, de acordo com a sua classificação e prazo de validade.
Validade dos Hemocomponentes
• Concentrado de Hemácias - de 28 a 35 dias a temperatura de 4 °;
• Concentrado de Plaquetas - 72 horas ou 5 dias a temperatura ambiente;
• Plasma - 12 meses e;
• Fator VIII ou Crio Precipitado - 12 meses.

Simultaneamente ao processamento, amostras de sangue são encaminhadas aos laboratórios do hemocentro a fim de serem submetidas aos exames sorológicos e imunohematológicos. Os exames atestam a qualidade do sangue e classificam os tipos sangüíneos.

* Quando se tratar de doação vinculada a um paciente, é necessário que o paciente tenha o cadastro no HEMOSC para possibilitar o vínculo da doação. Para cadastrar é necessário que ele mesmo, parentes ou pessoa autorizada, por telefone ou pessoalmente, faça o cadastro do paciente com as seguintes informações em mãos: Nº RG e órgão expedidor, CPF, nome completo, data nascimento, naturalidade, escolaridade, ocupação, e-mail, formação, nome pai, mãe e conjugê se houver, endereço residencial, fones para contato, hospital em que será ou está internado, tipo de procedimento a ser realizada(Cirurgia, transfusão...).

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Repercussão sobre a Fosfoetanolamina

Primeiramente o que é Fosfoetanolamina ?
    A fosfoetanolamina (2-aminoetanol dihidrogenofosfato) é um componente metabólico precursor de fosfolipídio e sua molécula apresenta a massa molecular de 141,1 g/mol, e é um fostomonoéster. Trata-se de um derivado da etanolamina, sendo parte de um conjunto de metabólitos celulares que são usados na biossíntese de esfingomielinas. Os grupos químicos presentes na fosfoetanolamina contém funções orgânicas de caráter ácido (pKa1 = 5,61 e pKa2 = 10,39) e básicos (grupo amina :NH2). Em sua versão sintética, a fosfoetanolamina é fosforilada artificialmente, com possíveis propriedades anti-inflamatórias e apoptóticas
    Presente na membrana plasmática de células animais, e que participa da síntese de fosfatidiletanolamina no retículo endoplasmático, bem como de várias etapas do metabolismo celular, como o metabolismo mitocondrial, síntese de acetilcolina, e síntese hormonal.

A Repercussão
    Um professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) acredita que conseguiu desenvolver uma substância que pode curar o câncer. Gilberto Orivaldo Chierice coordenou por mais de 20 anos os estudos com a  fosfoetanolamina sintética, que imita uma substância presente no organismo e sinaliza células cancerosas para a remoção pelo sistema imunológico. “A fosfoamina está aí, à disposição, para quem quiser curar câncer”, disse o especialista.

 Gilberto Orivaldo Chierice (Fonte G1)

O que diz a Universidade de São Paulo (USP)
    A Universidade de São Paulo (USP) foi envolvida, nos últimos meses, na polêmica do uso de uma substância química, a fosfoetanolamina, anunciada como cura para diversos tipos de cânceres. Por liminares judiciais, a Universidade foi obrigada a fornecer o produto para os que a solicitam. Em respeito aos doentes e seus familiares, a USP esclarece:
    Essa substância não é remédio. Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos. Não há registro e autorização de uso dessa substância pela Anvisa e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula.
    Além disso, não foi respeitada a exigência de que a entrega de medicamentos deve ser sempre feita de acordo com prescrição assinada por médico em pleno gozo de licença para a prática da medicina. Cabe ao médico assumir a responsabilidade legal, profissional e ética pela prescrição, pelo uso e efeitos colaterais – que, nesse caso, ainda não são conhecidos de forma conclusiva – e pelo acompanhamento do paciente.
    Portanto, não se trata de detalhe burocrático o produto não estar registrado como remédio – ele não foi estudado para esse fim e não são conhecidas as consequências de seu uso.
    É compreensível a angústia de pacientes e familiares acometidos de doença grave. Nessas situações, não é incomum o recurso a fórmulas mágicas, poções milagrosas ou abordagens inertes. Não raro essas condutas podem ser deletérias, levando o interessado a abandonar tratamentos que, de fato, podem ser efetivos ou trazer algum alívio. Nessas condições, pacientes e seus familiares aflitos se convertem em alvo fácil de exploradores oportunistas.
    A USP não é uma indústria química ou farmacêutica. Não tem condições de produzir a substância em larga escala, para atender às centenas de liminares judiciais que recebeu nas últimas semanas. Mais ainda, a produção da substância em pauta, por ser artesanal, não atende aos requisitos nacionais e internacionais para a fabricação de medicamentos.
    Por fim, alertamos que a substância fosfoetanolamina está disponível no mercado, produzida por indústrias químicas, e pode ser adquirida em grandes quantidades pelas autoridades públicas. Não há, pois, nenhuma justificativa para obrigar a USP a produzi-la sem garantia de qualidade.
    Os mandados judiciais serão cumpridos, dentro da capacidade da Universidade. Ao mesmo tempo, a USP está verificando o possível envolvimento de docentes ou funcionários na difusão desse tipo de informação incorreta. Estuda, ainda, a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes.
   Nada disso exclui, porém, que estudos clínicos suplementares possam ser desenvolvidos no âmbito desta Universidade, essencialmente dedicada à pesquisa e à ciência.

O programa Fantástico da Globo
   O doutor Drauzio Varella explica e alerta. Uma suposta pílula mágica que promete curar todos os tipos de câncer atraiu centenas de pessoas para o interior de São Paulo. Mas não se engane! A chamada “fosfoetanolamina” não é remédio e nunca foi testada em seres humanos.
 
Nota da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
    Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais e em outros veículos de comunicação a informação sobre uma substância chamada Fosfoetanolamina. Tal substância teria sido desenvolvida por um cientista da Universidade de São Paulo (USP), com resultados favoráveis no combate ao câncer. De acordo com as notícias, o produto estaria sendo distribuído, gratuitamente, aos interessados.
Antes de qualquer medicamento ser disponibilizado para uso do Brasil, é necessária a avaliação de ensaios clínicos.     Essa análise tem por finalidade atestar a eficácia e a segurança do produto que será registrado como medicamento no País.
    Em alguns casos, a Agência pode autorizar o acesso a medicamentos que ainda não tiveram ensaios clínicos concluídos ou obtiveram registro na Anvisa, como no caso de Uso Compassivo, Acesso Expandido ou por meio do Programa de Fornecimento de Medicamento Pós-Estudo. A venda ou distribuição de qualquer medicamento sem registro, fora do contexto de uma pesquisa clínica aprovada ou fora de qualquer outro programa de acesso à medicamentos experimentais, é uma prática irregular segundo os princípios de segurança adotados pelas principais agências reguladoras de medicamentos do mundo.
    No caso da Fosfoetanolamina, a Anvisa não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro desta substância, tampouco pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes humanos. Isto significa que não há nenhuma avaliação de segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento.
VEJA A NOTA COMPLETA:  

Opinião do Farmacêutico Bruno Bergamaschi
     A Fosfoetanolamina é uma substância que pode ajudar na cura contra o câncer, mas para que isso aconteça é necessário que o desenvolvimento dessa droga seja feito seguindo as orientações da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Todos os procedimentos e testes devem ser realizados etapa por etapa, e se a droga apresentar efeitos positivos e conseguir um registro, ela poderá ser comercializada e/ou distribuída pelo SUS.
    Todo esse procedimento gera gastos e muito tempo, então para que isso possa ocorrer deverá ter alguma empresa por trás. Aí vem a pergunta, vocês acham que depois de gastar milhões de reais em testes e produção uma droga dessa seria comercializada por um preço baixo ou distribuída tão facilmente pelo SUS.
    Espero que não somente essa substância más muitas outras surjam para combatermos essa doença tão voraz que é o Câncer, porém não adianta simplesmente pegarmos qualquer uma delas e sair distribuindo e gerando esperança de cura para a população, até mesmo porque "cada caso é um caso", existem muitos tipos de Câncer, e é desenvolvido de maneira diferente para cada pessoa. 



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Governo zera imposto de medicamento para tratar doenças renais, cirrose e infecção generalizada

   A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decidiu zerar a alíquota do imposto de importação sobre a soroalbumina humana, medicamento usado no tratamento de doenças renais, cirrose e septicemia (infecção generalizada). O motivo, de acordo com o ministério, é evitar o desabastecimento da substância no país.
   A soroalbumina, também utilizada em cirurgias de grande porte e queimaduras graves, é obtida por meio da purificação industrial do plasma humano, subproduto do sangue doado voluntariamente nos hemocentros. A desoneração do medicamento, sobre o qual anteriormente incidia alíquota de 4% do Imposto de Importação, vale por seis meses para uma cota de 240.780 frascos de dez gramas cada.
   A desoneração está em resolução da Camex publicada hoje (7) no Diário Oficial da União.
  A soroalbumina humana faz parte da lista de medicamentos considerados essenciais pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Fonte: Portal EBC

Natal de 2015 deve ser o pior para as vendas desde 2004


   A previsão para o Dia das Crianças, termômetro para o Natal, era pessimista, mas com a aproximação da data as expectativas se mostraram mais estáveis. Agora a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) emitiu uma nota prevendo que o Natal deste ano deve registrar a primeira queda nas vendas desde 2004.
   A expectativa é que a movimentação financeira alcance apenas os R$ 32,2 bilhões, ou seja, uma queda de 4,1% em relação ao ano passado. O segmento de móveis e eletrodomésticos será um dos mais afetados pela significativa desvalorização cambial, pela inflação elevada e sobretudo pelo encarecimento do crédito. A previsão da CNC é que o setor apresente uma das maiores retrações em relação a 2014, com queda de 16,3% nas vendas.
   Dos oito segmentos avaliados, entre eles hiper e supermercados, vestuário e calçados, farmácias e perfumarias, só há expectativa de crescimento das vendas no ramo de artigos de uso pessoal e doméstico, de 3,1%.

Fim do ano com menos empregos temporários
   Diante desse cenário, a contratação de trabalhadores temporários deverá recuar. Embora o corte de 2,3% já esteja previsto no número de vagas em relação a 2014, a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deve levar o setor a abrir 139,6 mil posições, destaca a CNC. Em média, o volume de vendas do comércio costuma crescer 35% no último mês do ano. A Confederação estima ainda que o salário médio de admissão poderá chegar a R$ 1.442,00.
   Assim como nas vendas, a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%). Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deve responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal de 2015.

Fonte: http://www.portalnovarejo.com.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SEMINÁRIO PARANAENSE DE PRÁTICA FARMACÊUTICA


  
Seminário Paranaense de Prática Farmacêutica: Saúde Baseada em Evidência

DATA: 21 de novembro de 2015 (sábado).

HORÁRIO: das 8h às 18h.

LOCAL: Auditório Multiuso – Sede do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná – CRF-PR.

ENDEREÇO: Rua Presidente Rodrigo Otávio, 1296 – Hugo Lange – Curitiba – PR.

PÚBLICO ALVO: Farmacêuticos e Acadêmicos de Farmácia.

OBJETIVO: Capacitar o farmacêutico que atua em farmácia comunitária na prescrição farmacêutica.

JUSTIFICATIVA: Com a publicação das resoluções 585/2013 e 586/2013 pelo Conselho Federal de Farmácia, uma nova realidade se abre para a atuação do farmacêutico em farmácia comunitária, a prescrição farmacêutica. Contudo, muitas dúvidas e incertezas pairam sobre o profissional. Como prescrever? Onde prescrever? Sou capaz de prescrever? O que posso prescrever?, entre outras preocupações. Por sua vez, o Conselho Regional de Farmácia do Paraná tem como preocupação que o serviço seja prestado de forma correta, segura e com qualidade, por profissional devidamente capacitado. Neste contexto, o seminário propõe a oferta de ferramentas que possam capacitar e qualificar o farmacêutico para que realize uma prescrição eficaz e segura.

PROGRAMAÇÃO:

Módulo 1: Prescrição Farmacêutica – Dra. Emanuelle Almeida - Mestre em Cuidados Farmacêuticos e Seguimento Farmacoterapêutico pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa/Portugal.
Horário: das 8h às 12h
Conteúdo: Introdução, conceituação, aspectos legais da prescrição, competências e atribuições do farmacêutico e consulta farmacêutica.

Módulo 2: Saúde Baseada em Evidências: Processo para a Prescrição Farmacêutica – Dra. Inajara Rotta - Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná. Farmacêutica da Central de Misturas Intravenosas (HC-UFPR).
Horário: das14h às 18h
Conteúdo: Introdução, conceituação, oficina de casos clínicos: Aprendendo na prática.

VAGAS LIMITADAS!

INSCRIÇÕES:
Enviar as seguintes informações para: est_eventos@crf-pr.org.br
NOME DO EVENTO: Seminário Paranaense de Prática Farmacêutica: Saúde Baseada em Evidência
NOME COMPLETO:
NÚMERO DO CRF/INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
ENDEREÇO COMPLETO COM CEP:
TELEFONE:

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Entenda a rastreabilidade de medicamentos no Brasil em cinco passos


  O setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação da ANVISA e adotar o código de barras bidimensional
  Até dezembro de 2016, toda a cadeia do setor farmacêutico deverá se adequar à nova regulamentação da ANVISA focada na rastreabilidade dos medicamentos. Segundo a ANVISA, não haverá novo adiamento do prazo para adequação à regulamentação e as empresas que compõem a cadeia produtiva, logística e de comercialização do setor deverão estar 100% aptas a cumprir a norma, sob pena de autuação.
  A lei da rastreabilidade de medicamentos – que determina que todo e qualquer medicamento seja rastreado, desde sua fabricação até chegar ao paciente - é antiga, de 2009, mas a obrigatoriedade para seu cumprimento foi adiada por diversas vezes, sobretudo pela complexidade de adaptação no processo produtivo.
  A medida vai impactar fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e pequenas farmácias. Para facilitar o entendimento sobre a lei, impactos para as empresas e benefícios para o consumidor, preparamos um guia prático com os principais pontos que devem ser analisados:

1- Entenda a norma

  Atualmente, todas as caixas de medicamentos vêm com o código de barras impresso no lado externo da embalagem, além de informações sobre o número do lote, a data de fabricação e validade.
  Pela nova lei da ANVISA, tanto a embalagem primária - que está em contato direto com o produto - quanto a secundária - designada para conter uma ou mais embalagens primárias - devem armazenar todas as informações referentes à fabricação: número serial, validade e lote, denominado de Identificador Único de Medicamento – IUM.
  Além disso, cada nova etapa no percurso até o medicamento chegar ao paciente - ou seja, distribuição, transporte, etc, – deverá ser rastreada. Mas como inserir tantos dados e informações em uma superfície tão pequena? A pergunta nos leva ao segundo item: o código de barras bidimensional.

2- Código bidimensional a favor da lei

  O código bidimensional é diferente do código de barras tradicional com o qual estamos acostumados, encontrado em cobranças bancárias, produtos de supermercado, etc. No código de barras bidimensional, a grande vantagem é justamente a maior capacidade de armazenamento de dados.
  Os códigos bidimensionais permitem codificar informações em espaços muito menores que os códigos tradicionais e agregar informações adicionais. Por isso, o código bidimensional é a resposta para os segmentos farmacêutico e hospitalar, já que permite a identificação de itens tão pequenos quanto uma ampola ou um comprimido, garantindo a rastreabilidade dos medicamentos.
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  É como se cada unidade do medicamento tivesse seu próprio CPF, um número de identificação próprio. No caso desta nova regulamentação, data de fabricação, número serial, lote e validade estarão contidos no código bidimensional da embalagem secundária.

3- Que tipo de empresa será impactada pela lei?

  A regulamentação da ANVISA vai impactar toda a cadeia farmacêutica: fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e até pequenas farmácias. A maior complexidade de adaptação e investimento será no processo produtivo, ou seja, nos fabricantes, pois são eles que terão que incluir todas as informações no produto com o código bidimensional.
  Os outros pontos da cadeia – distribuidores, hospitais, laboratórios e farmácias – também terão que se adaptar sendo capazes de fazer a leitura dos dados contidos em cada unidade do medicamento.

4- Quais as vantagens para o paciente?

  A resposta é segurança! Quem nunca ouviu falar das pílulas contraceptivas de farinha ou dos lotes de medicamentos em que substâncias químicas foram inseridas nos comprimidos? A rastreabilidade existe exatamente para isso.
  Ao rastrear a origem, o destino e o trajeto dos medicamentos, ela auxilia a inibir o comércio de medicamentos falsos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), enquanto a média mundial de remédios falsificados é de 10%, no Brasil esse número chega a 19%.

5- Quais as vantagens para o setor farmacêutico?

  A lei da rastreabilidade facilitará a identificação de itens roubados uma vez que forem encontrados pela fiscalização. Outra possibilidade é a maior facilidade de fazer um recall nas farmácias mediante um problema nos lotes de medicamentos.
  Após a fase de adaptação, estamos convictos de que a lei da rastreabilidade de medicamentos, pioneira no Brasil, será extremamente benéfica tanto para as empresas como para os pacientes. 2016 está aí. É esperar para ver!

Fonte: Datalogic ADC