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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Dicas para sua saúde no verão e festas de fim de ano



   O verão é uma época propícia para o lazer, especialmente para o passeio ao ar livre, curtindo o sol e a natureza. Inicia-se oficialmente no dia 21 de dezembro, época das festas de final de ano e, para muitos, período de férias, de viajar, ir à praia ou refrescar-se numa piscina junto com os amigos.

   Para aproveitar com saúde esse período de temperaturas que às vezes ultrapassam os 40ºC, é preciso observar alguns cuidados com a alimentação e hidratação.



Hidrate-se

   Durante o verão, com o aumento da temperatura ambiente, torna-se importante um cuidado maior com a hidratação do corpo, uma vez que as perdas de líquidos e de sais minerais pelo organismo são maiores do que em outras estações do ano.

   Em condições normais, o organismo de um adulto perde em média 2,5 litros de água/dia na forma de suor, urina e fezes. Por isso, devemos repor essas perdas diárias com muito líquido, na forma de água pura, chás, sucos, leite, etc.



Alimente-se corretamente

   Durante o verão, é comum as temperaturas elevadas provocarem uma inibição da fome, ao contrário do inverno que aumenta o nosso apetite. Este efeito anorexígeno (inibidor da fome) induzido pelo calor pode agir negativamente se ficamos em jejum. Por isso, a melhor forma de contornar este problema é consumir alimentos de fácil digestão, como saladas, frutas, legumes, carnes magras, tomando cuidado com os petiscos e sobremesas, geralmente muito calóricos e de difícil digestão.



Estabeleça horários

   No verão, época de férias, as pessoas costumam levantar-se mais tarde e programar atividades que fazem com que os horários das refeições não sejam seguidos rigorosamente.

   É importante estabelecer horários para se alimentar e procurar fracionar a alimentação em pelo menos 4 a 5 refeições, comendo menores quantidades mais vezes ao dia. 



Consuma alimentos adequados em praias e clubes

   Procure levar o lanche de casa, pois dificilmente você encontrará alimentos saudáveis sendo vendidos nesses locais. Geralmente os bares de praias e clubes oferecem comida muito gordurosa, com pouco valor nutritivo.



Conserve os alimentos de forma adequada

   No verão, devido às temperaturas elevadas, os alimentos podem se deteriorar mais rapidamente. Por isso, ao comprar frutas, verduras e legumes verifique atentamente o seu estado geral, evitando os que estiverem amassados, batidos e manchados. O consumo de alimentos deteriorados ou mal conservados pode levar a intoxicações alimentares.



Cuidado com o excesso de álcool

   Especialmente no verão e nas festas de final de ano, devemos ficar atentos às bebidas alcoólicas que geralmente são consumidas com maior frequência, como a cerveja e a caipirinha. Além de conterem calorias extras, quando ingeridas em grandes quantidades, estas bebidas podem levar à desidratação, pois o álcool "retira" a água das células, agindo como um diurético, ou seja, estimulando a formação de urina com consequente perda de água pelo organismo.


Fonte: www.portaldosfarmaceuticos.blogspot.com.br

sábado, 12 de dezembro de 2015

Anvisa autoriza Instituto Butantan a iniciar Ensaio Clínico fase 3 da vacina contra dengue


   A Anvisa aprovou, nesta sexta feira (11/12), o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) enviado pelo Instituto Butantan a respeito da vacina contra a dengue. Desse dossiê, constam os resultados dos ensaios clínicos fase II, além do cumprimento das exigências técnicas que haviam sido feitas pela Agência para comprovar a segurança do produto. A documentação, enviada à Anvisa no último dia 08/12, possibilita o sinal verde para que o Instituto Butantan inicie os estudos fase III. Esta é a última etapa necessária para que o Instituto protocole o pedido de registro da vacina à Anvisa, que avaliará a qualidade, segurança e eficácia do produto. A vacina da dengue é assunto prioritário para a Agência e a avaliação foi realizada com a maior brevidade possível e de forma a garantir as etapas necessárias e essenciais para segurança e eficácia do produto final, dentro dos padrões estabelecidos pelo Brasil e por organismos internacionais de interesse na área, como com a OMS e o Dengue Vaccine Initiative (DVI). 
   A Agência ressalta que todo o desenvolvimento da vacina vem sendo acompanhado junto ao Instituto Butantan, o que contribuiu para que o processo de análise fosse realizado dentro dos padrões internacionais de qualidade. A liberação de uma vacina para teste em milhares de pessoas, como ocorre na fase III, exige que se tenha absoluta certeza da segurança do produto. A complexidade do processo tem exigido que a Anvisa solicite todas as informações técnicas que são necessárias e a análise tem sido, para qualquer comparação internacional, séria e célere. O Instituto Butantan deu entrada no pedido para o Ensaio Clínico de fase III da vacina da dengue, etapa onde é verificada a eficácia do produto, em 10 de abril de 2015. O processo teve análise priorizada pela Anvisa, pela importância de que seja logo disponibilizada uma vacina segura e eficaz para a população. Já no dia 26 de maio foram enviadas as primeiras exigências técnicas ao Instituto. Não havia no processo, àquele momento, nenhuma informação sobre os resultados dos ensaios clínicos fase II e tampouco o parecer de aprovação do Comitê de Ética. Porém, considerando a relevância da vacina da dengue, a Anvisa deu andamento à avaliação, mesmo na ausência de documentos essenciais para o início do estudo fase III. A Anvisa realizou, então, uma reunião com o Instituto Butantan, prestando orientações sobre os documentos técnicos que faltavam, principalmente considerando o fato de que se tratava de processo submetido nos trâmites de uma nova resolução de ensaios clínicos (RDC 09/2015), o que trouxe expressivas modificações na avaliação de ensaios desta natureza pela Anvisa. Naquela ocasião, o Instituto Butantan informou que o ensaio clínico fase II seria finalizado em junho de 2015. Em nova reunião, o Instituto Butantan informou que o ensaio clínico fase II sofreria atraso e que somente seria finalizado em julho de 2015. Neste mesmo mês, o Instituto Butantan enviou novos documentos à Anvisa. Porém, desta documentação não constavam:
• Dados completos a respeito da segurança da vacina, oriundos do ensaio clínico fase II, o que é essencial para suportar o início de um ensaio fase III;
• Dados de estabilidade suficientes para embasar a utilização da vacina após reconstituição.
• Comprovação da estabilidade e qualidade da vacina. 

 
    Em outubro, a Anvisa solicitou novamente o status do estudo fase II. O Butantan informou que a previsão era que os dados de segurança dessa fase estariam disponíveis no início de dezembro de 2015. Já os resultados completos seriam apresentados no final de janeiro de 2016. O Instituto ainda informou que o atraso na finalização da fase II se deu por problemas de replicação dos Sorotipos 2 e 3 dos vírus contidos na vacina. A Anvisa ainda fez novos questionamentos em relação à estabilidade da vacina ao Instituto, que solicitou formalmente autorização para início do estudo da fase III apenas com os resultados de segurança da etapa anterior. Após a avaliação das respostas enviadas pelo Instituto, a Anvisa realizou nova reunião com a instituição no dia 26/11, para complementar as informações enviadas e para que a Agência pudesse se manifestar com a maior brevidade possível. Os documentos com as informações completas somente foram enviados pelo Butantan na última terça-feira (08/12). Após análise dos dados, o início da fase III está autorizado. Os fatos demonstram o total comprometimento da Anvisa com o desenvolvimento da vacina contra a dengue. A velocidade da análise de um processo como esse depende, essencialmente, da completitude e da qualidade das informações técnicas que são fornecidas pelo solicitante.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Seminário Paranaense de Prática Farmacêutica

Seminário Paranaense de Prática Farmacêutica - Saúde Baseada em Evidências

O evento foi realizado no dia 21 de novembro, das 8h às 18h, na sede do CRF-PR, em Curitiba. 

Confira a programação:
Módulo 1: Prescrição Farmacêutica – Dra. Emanuelle Almeida - Mestre em Cuidados Farmacêuticos e Seguimento Farmacoterapêutico pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa/Portugal.
Conteúdo: Introdução, conceituação, aspectos legais da prescrição, competências e atribuições do farmacêutico e consulta farmacêutica.
 
Módulo 2: Saúde Baseada em Evidências: Processo para a Prescrição Farmacêutica – Dra. Inajara Rotta - Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná. Farmacêutica da Central de Misturas Intravenosas (HC-UFPR).
Conteúdo: Introdução, conceituação, oficina de casos clínicos: Aprendendo na prática.
 
Na ocasião, a Diretora Secretária Geral do CRF-PR, Dra. Marisol Dominguez Muro, deu as boas-vindas aos participantes, realizando a abertura do Seminário juntamente com os membros da Comissão de Farmácia Comunitária: Dra. Gislene Mari Fujiwara, Dra. Suzane Virtuoso, Dr. Rodrigo Jardim e Dr.Bruno Bergamaschi.
 
 Farmacêuticos participantes do Seminário
 
 Dra. Emanuelle Almeida
Dra. Inajara Rotta

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Saiba tudo sobre o Zika vírus



O que é o Zika vírus?

    Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o Zika Vírus provoca uma doença com sintomas muito semelhantes ao da dengue, febre amarela e chikungunya.


Sintomas causados pelo Zika vírus

​ Os sintomas da Zika Vírus incluem febre, dor nas articulações e músculos, além de conjuntivite e manchas vermelhas na pele e, é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, surgindo normalmente 10 dias após a picada.


Sintomas para saber se está com Zika vírus

  Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da Dengue, porém, o Zika vírus é mais fraco e por isso, os sintomas são mais leves e desaparecem entre 4 a 7 dias, porém é importante ir ao médico para confirmar qual é a doença causadora desses sintomas.

   Inicialmente, os sintomas do Zika vírus podem ser confundidos com uma simples gripe, provocando:

  • Febre, entre 37,8°C e 38,5°C;
  • Dor nas articulações, principalmente das mãos e pés;
  • Dor nos músculos do corpo;
  • Dor de cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos;
  • Conjuntivite, que é uma inflamação do olho e que provoca cor avermelhada dos olhos, sensação de picada que leva a lacrimejar, inchaço das pálpebras e secreção amarela;
  • Hipersensibilidade nos olhos;
  • Manchas vermelhas na pele, que inciam na face e que se podem espalhar pelo corpo e, que podem ser confundidas com sarampo;
  • Cansaço físico e mental.

 Além destes sintomas, também se pode observar, com menos frequência, problemas digestivos, como dor no abdômen, náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre, aftas e conceira pelo corpo. 

Zika vírus na Gravidez
   A doença é recente e não se conhecem comprovadamente os efeitos sobre a gravidez e o bebê.    Há indícios de relação entre ter zika na gravidez e o bebê nascer com microcefalia (cabeça menor que o normal), mas estudos ainda estão sendo feitos. Mesmo que a ligação seja comprovada, isso não quer dizer que toda grávida que teve zika terá um bebê com malformação no cérebro.


Transmissão do Zika vírus

   O Zika vírus é transmito aos humanos através de picadas do inseto Aedes Aegypti, que geralmente picam ao final do dia e à noite.



Como tratar o Zika vírus

   O tratamento para Zika vírus é muito semelhante ao da dengue, no entanto, em caso de Zika vírus, o médico pode indicar:

  • Tomar remédios para dor e febre, como Paracetamol ou Dipirona, de 8 em 8 horas;
  • Tomar anti-infamatórios, como Ibuprofeno, de 8 em 8 horas, para diminuir as dores nas articulações e nos músculos;
  • Aplicar um colírio nos olhos 3 a 6 vezes ao dia, como os lubrificantes
  • Usar remédios anti-alérgicos, como Loratadina, Cetirizina ou Hidroxizina.

   Além dos remédios, é importante descansar durante 7 dias e fazer uma alimentação rica em vitaminas e minerais, além de beber muita água, para recuperar mais rápido.

   Os remédios que contém ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados, assim como ocorre em caso de dengue, porque eles podem aumentar o risco de hemorragias.

Tabela comparativa entre Zika, Chikungunya e dengue:
 Clique na imagem para ampliar
  Referências:
  • Sociedade Brasileira de Infectologia - entidade sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento da especialidade de Infectologia, bem como os intercâmbios científico, técnico, cultural e social entre seus associados e profissionais da área.
  • Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças – organização da União Europeia cujo objetivo é identificar as ameaças para a saúde humana tanto atuais como em vias de aparecimento.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Resultado das Eleições CRF-PR 2015

Conselheiros Efetivos CRF-PR:
1) Márcio Antoniassi com 6.658 votos
2) Marina Mizutani Hashimoto com 5.375 votos
3) Karen Janaina Galina com 4.041 votos
4) Maria Do Carmo Baraldo Wagner com 4.028 votos
5) Jose dos Passos Neto com 3.921 votos 

 Conselheiro Suplente:
1) Mauren Isfer Anghebem com 3.910 votos

   Gostaria de parabenizar todos os eleitos nessas eleições do CRF-2015. A nossa classe precisa de pessoas que entendam as dificuldades do dia a dia do farmacêutico, como também lutem para melhorar e aprimorar cada dia mais nossa profissão. 
    Penso que a partir desse exato momento, é necessário trabalhar para diminuir essa quantidade de votos NULOS e BRANCOS, e para que isso ocorra, o CRF-PR deve aproximar ainda mais os farmacêuticos. Essa aproximação só será possível se houver muito trabalho, empenho, dedicação e principalmente ajudar os farmacêuticos em suas dificuldades diárias. Muitos farmacêuticos iniciam a profissão com conhecimento muito vago, principalmente no que se refere à legislação. É claro que tem aquele que corre atrás e aquele que fica esperando, porém não se deve descriminar um amigo de nossa profissão e devemos passar as informações de tal maneira chegue a cada um dos profissionais.
    O CRF-PR presta total transparência sobre os gastos e campanhas realizadas por todo o nosso estado, isso é uma iniciativa muito boa, assim como outros trabalhos que estão sendo desenvolvidos.
    Assim como o CRF-PR tem suas responsabilidades para com nossa profissão, os farmacêuticos também tem suas responsabilidades de atuarem conforme a legislação e se tiver algo que possa mudar para melhor, devem apresentar e lutar junto ao nosso conselho para que sejam realizadas as devidas mudanças. Não adianta somente ficar reclamando da profissão e não lutar pelos seus ideais. Participem mais das palestras e eventos realizados pelo conselho, exponham suas idéias, apresentem propostas.
    "Não existe profissão boa ou profissão ruim. Somos nós que fazemos a profissão ser adaptável ao que plantamos."

Bruno de O. Bergamaschi
CRF-PR 023127
Membro Efetivo da Comissão de Farmácia Comunitária do CRF-PR

  Caso não tenha votado, acesse www.votafarmaceutico.org.br para Justificar sua Ausência. O formulário de justificativa estará disponível até o dia 11/01/16. As justificativas das razões do impedimento serão avaliadas pelo Plenário do CRF-PR.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Eleições para Conselheiro Estadual CRF-PR 09/11 até 11/11

    As eleições 2015 serão realizadas, exclusivamente, via internet, e ocorrerão durante 48 horas ininterruptas, a partir de 12h (meio-dia), horário local, de 9 de novembro de 2015 até às 12h (meio-dia), horário local, do dia 11 de novembro de 2015.     Nesse processo eleitoral, será eleita a chapa da Diretoria do CRF-PR para o biênio 2016/2017, 05 (cinco) Conselheiros Regionais Efetivos e 01 (um) Conselheiro Regional Suplente para o quadriênio 2016/2019.
    
    EXERÇA SUA CIDADANIA, VOTE CONSCIENTE PARA PODERMOS MELHORAR NOSSA PROFISSÃO CADA DIA MAIS!

ACESSE: www.votafarmaceutico.org.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Como Funciona uma Farmácia na Índia


   A Índia é famosa pelo Taj Mahal, por suas cerimônias religiosas, pelos filmes de Bollywood e por seu acelerado crescimento econômico nos anos recentes. Porém, é mais importante e menos conhecida sua contribuição na área de medicamentos genéricos de boa qualidade e baixo custo, que salvam ou prolongam milhões de vidas.
   Muitas pessoas vão à Índia para comprar remédios genéricos e levar para familiares que não podem comprar os caros medicamentos originais de marca.
   A Índia fornece 70% dos remédios contra a síndrome de imunodeficiência adquirida ao Unicef, ao Fundo Global e à Fundação William J. Clinton.
   Além disso, entre 75% e 80% dos remédios (não apenas contra a aids) distribuídos pela Associação Internacional de Dispensários nos países em desenvolvimento procedem da Índia, que por isso é qualificada de “farmácia do mundo em desenvolvimento”.
   Para cumprir suas obrigações, a Índia aprovou em 2005 mudanças em sua lei de patentes de modo que seus medicamentos pudessem ser patenteados. No entanto, a nova lei também contém critérios rígidos (mudanças mínimas para um produto cuja patente expirou poderiam não dar o direito a uma nova patente) e autoriza a oposição pública à aplicação de uma patente antes que seja tomada uma decisão.
   A Índia tem uma das melhores leis de patentes do mundo e graças a ela ainda possui algum espaço para produzir medicamentos genéricos. Porém, a amplitude permitida pela legislação anterior diminuiu, porque muitos novos medicamentos foram, desde 2005, patenteados por multinacionais que os vendem a preços exorbitantes.
   A Índia é um país com uma história fantástica mas é também um país fustigado pela pobreza e desorganização. Veja-se o exemplo das imagens abaixo de uma farmácia que é um verdadeiro caos…

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Saiba as funções e composição do sangue e como doá-lo


O que é o Sangue
  O sangue é um tecido conjuntivo líquido, produzido na medula óssea vermelha, que flui pelas veias, artérias e capilares sanguíneos dos animais vertebrados e invertebrados. O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. 

Funções
  Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.

Composição do sangue
  Nele encontramos o plasma sangüíneo, responsável por 66% de seu volume, além das  hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição.
  A maior parte do plasma sanguíneo é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, uréia, etc.
 Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, transportam o oxigênio e o gás carbônico por todo o corpo.  Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea.
   O glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo. Eles protegem nosso organismo contra a invasão de microorganismos indesejados (vírus, bactérias e fungos). De forma bastante simples, podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de defesa".
  As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, evitando assim sua perda excessiva de sangue (hemorragia).
  Elas geralmente agem quando os vasos sanguíneos sofrem danos. Um exemplo  simples é o caso de uma picada de agulha, onde observa-se uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário.

Curiosidade: 
  O ramo que estuda o sangue e as suas doenças é a hematologia.

Doação de sangue total

O que é?
A doação é a retirada de aproximadamente 450 ml de sangue, através de inserção de uma agulha em um dos braços.
A coleta é feita por pessoal capacitado e sob supervisão de um médico ou enfermeiro, garantindo o bem estar do doador.
O ambiente deve ser limpo e confortável e o material descartável. Todo o processo da doação de sangue levam em torno de 55 minutos.
Doar sangue não dói, nem prejudica a sua saúde.

Por que doar sangue?
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, essencial à vida.
Todos os dias acontecem centenas de acidentes, cirurgias e queimaduras violentas que exigem transfusão, assim como os portadores de hemofilia, leucemia e anemias.
Além disso, doar sangue é um ato simples, tranquilo e seguro que não provoca risco ou prejuízo à saúde. Se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, os Hemocentros teriam Hemocomponentes suficiente para atender toda população. O sangue não tem substituto. Por isso a doação espontânea e periódica é fundamental. Uma única doação de sangue pode salvar várias vidas.
Doar sangue é uma atitude necessária, de solidariedade, cidadania e amor.
Lembre-se:
• Sangue não se fabrica artificialmente;
• O sangue doado não ultrapassa 10% do volume em circulação no corpo;
• A quantidade doada é reposta rapidamente;
• Você só doa novamente se quiser. A doação de sangue não vicia;
• A doação acontece em ambiente confortável e limpo;
• O doador é atendido por pessoal capacitado e qualificado para esta função.

Tipos de doação
O doador pode candidatar-se a doação de três formas:
• Doação Espontânea: feita de modo altruísta, como uma atitude solidária com um único interesse: ajudar o próximo.
• Doação vinculada: feita vinculada á algum paciente*.
• Doação autóloga: doar para si mesmo.


O que é necessário para doar?
O que é necessário para doar:
• Ter idade entre 18 e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
• Doadores com idade de 16 e 17 anos de idade, são aceitos para doação mediante a presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal;
• O limite de idade para primeira doação é de 60 anos;
• O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo;
• Pesar acima de 50 kg (com desconto de vestimentas);
• Apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial: RG., carteira profissional, carteira de motorista, etc.
• Ter repousado bem na noite antes da doação;
• Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas, nas 4 horas que antecedem a doação;
• Evitar uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas;
• Evitar vir acompanhado com crianças, sem acompanhantes.

Após a Doação?
• Não fumar por no mínimo duas horas;
• Nas 12 horas após a doação, não praticar exercícios físicos e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir caminhão, ônibus em rodovias, etc.
• Permanecer no serviço hemoterápico após a doação por 15 minutos;
• Não forçar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, para evitar sangramentos e hematomas;
• Retirar o curativo 4 horas após a doação.


Intervalo entre as doações:
• Mulheres: 90 dias/ 03 doações nos últimos 12 meses;
• Homens: 60 dias/ 04 doações nos últimos 12 meses.

Não pode doar:
Quem tem ou teve as seguintes doenças:
• Hepatite após os 11 anos de idade;
• Lepra (Hanseníase);
• Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto;
• Doença auto-imune;
• Doença de Chagas;
• AIDS;
• Problemas cardíacos (necessita avaliação e declaração do seu cardiologista);
• Diabetes;
• Câncer;

Outras situações:
• Fez ou faz uso de algumas drogas ilícitas nos últimos 12 meses;
• Mantém relações sexuais de risco;
• Gestantes ou mulheres que amamentam bebês com menos de 12 meses;

Devem aguardar para doar sangue:
• Quem fez algum tipo de procedimento dentário - de 1 a 30 dias (de acordo com o procedimento);
• Quem recebeu transfusão de sangue e ou parceiros (as) de pacientes que receberam sangue ou fazem hemodiálise – 1 ano;
• Tatuagem e piercing – de 6 meses à 1 ano (passará por avaliação);
• Piercing em língua ou órgão genital – 1 ano após a retirada
• Tiver algum desses sintomas (gripe, tosse, dor de garganta, rinite, febre, resfriado) – 7 dias após a cura;
• Diarreia – 1 semana após último episódio;
• Tiver alguma infecção não tratada ou em tratamento – 15 dias após cura;
• Herpes labial – após a cicatrização total da lesão;
• Aborto ou parto normal – 3 meses;
• Cesárea – 6 meses;
• Amamentação – liberado quando a criança tiver 1 ano;
• Cirurgia – pode variar de 1 à 12 meses;
• Doenças em geral - passará por avaliação na triagem;
• Vacinação:
- Brucelose, Cólera, Coqueluche, Difteria, Febre tifóide, Hemophillus influenzae, Hepatite A, Hepatite B recombinate, HPV, Influenza H1N1, Leptospirose, Meningite, Peste, Pneumoco, Pólio (Salk) e Tétano – 48 horas
- BCG, Caxumba, Febre amarela, Influenza, Pólio oral (Sabin), Rubéola, Sarampo, Varicela e Varíola – 4 semanas;
- Raiva após exposição com animal – 1 ano;
• Quem fizer uso de medicações (trazer sempre o nome de qualquer medicamento que tenha feito uso);
• Antibiótico: apto após 15 dias do uso e com cura da infecção;

Orientações preliminares ao doador de sangue:
• Antes da doação você passará por um processo de pré - triagem (verificação de sinais vitais) e uma entrevista individual;
• Se você estiver com algum problema de saúde ou apresentando sintomas como perda de peso, manchas na pele, caroços pelo corpo (ínguas), feridas na boca, não doe sangue e procure um médico;

  • Se você for considerado apto para doar serão coletados cerca de 450ml do seu sangue, além da bolsa serão coletadas amostras de sangue para exames.
  • Você realizará a higienização dos braços, com um produto chamado clorexidina, caso você seja alérgico, favor comunicar;
  • O material utilizado para coleta é estéril e descartável, sendo assim, não existe risco nenhum de contrair doenças infecciosas na doação;
  • Serão realizados exames para Hepatite B e C. Sífilis, Doença de Chagas, HIV, HTLV I e II, Tipagem sanguínea e fator RH, pesquisa de anticorpos irregulares.
  • Existem, no entanto, doenças que podem ser transmitidas pelo sangue a quem for recebê-lo, para os quais não são feitos exames, por isso a importância de comunicar qualquer tipo de doença;
  • Mesmo para os exames que são realizados, existe uma chance de dar resultado falso-negativo, ou seja a pessoa tem a doença, ou vírus, e o exame não consegue detectar por um período, logo após a pessoa contrair, chamado de janela imunológica. Por isso, a sinceridade do doador na entrevista é a maior segurança para quem vai receber o sangue;
  • Caso apresente alguma alteração, você será chamado para confirmação de exames (via correio) e receberá orientações da equipe de apoio ao doador de nosso serviço; podem ocorrer resultados duvidosos (inconclusivos), sem que, necessariamente, signifiquem doenças, que serão posteriormente reanalisados;
  • Os resultados positivos para HIV, Hepatite B e C, HTLV I e II, Sífilis e Chagas serão informados à Vigilância Epidemiológica;
  • Você também poderá ser chamado se o paciente que receber o seu sangue apresentar algum problema;
  • Geralmente os doadores não apresentam problemas durante a doação, mas algumas pessoas podem sentir-se mal. Neste caso, diante de qualquer anormalidade avise o profissional que o está atendendo que ele procederá os cuidados necessários para sua pronta recuperação;
  • Apesar de todos os cuidados alguns doadores podem sentir tonturas durante o dia da doação e há o risco de surgir hematomas e dor no local da punção;
  • Você tem o direito de desistir da doação caso não se sinta seguro e não deve doar se considerar que seu sangue pode causar algum problema para quem for recebê-lo;
  • Esclareça todas as suas dúvidas durante a entrevista.

Etapas da doação
1º Passo – Recepção e cadastro
• Apresentação do documento de identidade;
• Atualização de endereço, trabalho, etc.

2° Passo – Pré-triagem
• Peso, altura, verificação de pressão arterial, pulso e temperatura;
• Uma "picadinha" no dedo para verificar seu hematócrito e/ ou hemoglobina;

3° Passo – Entrevista clínica
• É confidencial e o sigilo é absoluto – confie em seu entrevistador e seja sincero;
• Você assinará um Termo de Consentimento onde refere ter entendido as informações recebidas, ter respondido com sinceridade ao questionário, concorda com a coleta de sangue e afirma que está ciente de que se houver resultados sorológicos alterados, será chamado pelo serviço de apoio ao doador;

4º Passo – Coleta de sangue
• Será realizada a coleta de 450 ml ± 45ml e amostras de sangue para exames obrigatórios por lei;

5º Passo – Lanche
• É fornecido lanche acompanhado por líquidos, para repor o volume retirado na doação. Em casa ou no trabalho continue ingerindo bastante líquido.


Observe o que acontece com o sangue doado:
• Após a coleta, o sangue é separado em seus componentes dentro de 6 a 8 horas, no setor de processamento;
Cada componentes do sangue tem uma finalidade:
1- Glóbulos vermelhos – servem para tratar anemias;
2- Plasma (parte líquida do sangue) – serve para tratar hemorragias. Parte do plasma é encaminhado para indústrias que produzem fatores de coagulação, utilizados para tratar hemofílicos;
3 – Plaquetas – servem para tratar ou evitar sangramentos, e em pessoas que fazem quimioterapia.

Processamento e Distribuição
Este setor realiza a separação do sangue em seus componentes para transfusão.
As bolsas coletadas são colocadas numa centrífuga que gira em uma determinada rotação por um período necessário para que o sangue seja fracionado, inicialmente em duas partes: a sólida e a líquida.
Os pacientes recebem somente a parte do sangue (hemocomponentes) que necessitam.
Alguns exemplos:
• As pessoas com grandes queimaduras precisam de Plasma;
• Os hemofílicos, pessoas que tem problemas de coagulação, necessitam do Fator VIII ou Crio Precipitado;
• Os portadores de anemias ou que tiveram hemorragias, recebem Concentrado de Hemácias;
• Os portadores de leucemia necessitam de Plaquetas.
Estoque de Hemocomponentes
Após a comprovação da qualidade do sangue, através dos exames sorológicos e imunohematológicos, os componentes do sangue são liberados para o estoque. No estoque, que localiza-se no Hemosc ou hospitais conveniados, os hemocomponentes são armazenados adequadamente, de acordo com a sua classificação e prazo de validade.
Validade dos Hemocomponentes
• Concentrado de Hemácias - de 28 a 35 dias a temperatura de 4 °;
• Concentrado de Plaquetas - 72 horas ou 5 dias a temperatura ambiente;
• Plasma - 12 meses e;
• Fator VIII ou Crio Precipitado - 12 meses.

Simultaneamente ao processamento, amostras de sangue são encaminhadas aos laboratórios do hemocentro a fim de serem submetidas aos exames sorológicos e imunohematológicos. Os exames atestam a qualidade do sangue e classificam os tipos sangüíneos.

* Quando se tratar de doação vinculada a um paciente, é necessário que o paciente tenha o cadastro no HEMOSC para possibilitar o vínculo da doação. Para cadastrar é necessário que ele mesmo, parentes ou pessoa autorizada, por telefone ou pessoalmente, faça o cadastro do paciente com as seguintes informações em mãos: Nº RG e órgão expedidor, CPF, nome completo, data nascimento, naturalidade, escolaridade, ocupação, e-mail, formação, nome pai, mãe e conjugê se houver, endereço residencial, fones para contato, hospital em que será ou está internado, tipo de procedimento a ser realizada(Cirurgia, transfusão...).