Leite é um alimento complexo do ponto de vista nutricional, ou seja, é composto por gordura, vitaminas, proteínas, íons, etc. E, devido a esses vários componentes, sua interação com medicamentos ocorre de diversas maneiras. Para descrever essa interação é preciso entender que há envolvimento de fatores ligados ao medicamento e ligados ao leite.
A respeito do leite, ele pode causar prejuízo na ação de medicamentos de duas formas:
- O primeiro meio de interferência se dá de forma indireta: o leite, quando ingerido, por ser um alimento, faz com que o organismo produza substâncias, como suco gástrico e enzimas digestivas, para a sua digestão. Alguns medicamentos podem ter seu principio ativo destruído por essas substâncias produzidas ou ter sua taxa de absorção pelo organismo alterada e estas duas alterações prejudicam a ação do medicamento no paciente.
- O segundo meio de interferência ocorre de forma direta: o leite é conhecido por ser fonte de cálcio, que é um íon. O cálcio pode reagir quimicamente com alguns princípios ativos de medicamentos, em uma reação chamada de quelação. De uma forma bem simples é como se o íon “grudasse” ao principio ativo formando um complexo que não é absorvido ou metabolizado pelo organismo e assim não é observado o efeito esperado do medicamento. Outros nutrientes, também presentes no leite, podem reagir quimicamente com o medicamento e causar os mesmos problemas.
Já em relação ao medicamento, a interação prejudicial com o leite pode ser devido ao próprio princípio ativo responsável pelo efeito farmacológico ou ligada a um componente presente na formulação do medicamento. Ou seja, o leite pode não interagir com o princípio ativo, mas com outro componente presente no medicamento.
Pode-se resumir as formas de interação prejudicial entre o leite e os medicamentos como foram descritas acima. Essas situações ocorrem com um número muito grande de medicamentos, ficando impossível listar todos aqui e gravar cada um para, no dia-a-dia, saber qual pode ser ingerido acompanhado ou não de leite ou qualquer outro alimento. Para exemplificar: a ciprofloxacina, a tetraciclina, a ampicilina, a ranitidina e a digoxina são alguns medicamentos que não podem ser tomados com leite.
Além do leite, outros alimentos como refrigerante e café também podem prejudicar a ação de medicamentos no organismo. Diante dessa variedade de possibilidades, a melhor recomendação é tomar seu medicamento com um copo de água cheio. Seguindo as orientações dadas pelo farmacêutico, médico ou bula do medicamento sobre qual a melhor condição tomar seu medicamento: em jejum, no intervalo das refeições ou durante elas, por exemplo.
Tomar medicamentos com água é a melhor opção, porque ela não é tão complexa do ponto de vista de componentes como o leite, assim, não interage diretamente com o medicamento e não leva à produção de substâncias digestivas pelo organismo.
Recomenda-se o copo cheio para que o medicamento seja conduzido melhor até o estômago, não tendo muito contato com o esôfago - o esôfago é o órgão que conduz o alimento da boca ao estômago - e, dependendo da natureza do medicamento esse pode machucar tal órgão. A água também facilita o medicamento se dissolver diminuindo irritações ao estômago e contribuindo para sua absorção.
Fontes:
Medicamento na dose certa. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2005/070105_2_4.htm.
Interação fármaco-nutriente: uma revisão. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732002000200011&script=sci_arttext
A respeito do leite, ele pode causar prejuízo na ação de medicamentos de duas formas:
- O primeiro meio de interferência se dá de forma indireta: o leite, quando ingerido, por ser um alimento, faz com que o organismo produza substâncias, como suco gástrico e enzimas digestivas, para a sua digestão. Alguns medicamentos podem ter seu principio ativo destruído por essas substâncias produzidas ou ter sua taxa de absorção pelo organismo alterada e estas duas alterações prejudicam a ação do medicamento no paciente.
- O segundo meio de interferência ocorre de forma direta: o leite é conhecido por ser fonte de cálcio, que é um íon. O cálcio pode reagir quimicamente com alguns princípios ativos de medicamentos, em uma reação chamada de quelação. De uma forma bem simples é como se o íon “grudasse” ao principio ativo formando um complexo que não é absorvido ou metabolizado pelo organismo e assim não é observado o efeito esperado do medicamento. Outros nutrientes, também presentes no leite, podem reagir quimicamente com o medicamento e causar os mesmos problemas.
Já em relação ao medicamento, a interação prejudicial com o leite pode ser devido ao próprio princípio ativo responsável pelo efeito farmacológico ou ligada a um componente presente na formulação do medicamento. Ou seja, o leite pode não interagir com o princípio ativo, mas com outro componente presente no medicamento.
Pode-se resumir as formas de interação prejudicial entre o leite e os medicamentos como foram descritas acima. Essas situações ocorrem com um número muito grande de medicamentos, ficando impossível listar todos aqui e gravar cada um para, no dia-a-dia, saber qual pode ser ingerido acompanhado ou não de leite ou qualquer outro alimento. Para exemplificar: a ciprofloxacina, a tetraciclina, a ampicilina, a ranitidina e a digoxina são alguns medicamentos que não podem ser tomados com leite.
Além do leite, outros alimentos como refrigerante e café também podem prejudicar a ação de medicamentos no organismo. Diante dessa variedade de possibilidades, a melhor recomendação é tomar seu medicamento com um copo de água cheio. Seguindo as orientações dadas pelo farmacêutico, médico ou bula do medicamento sobre qual a melhor condição tomar seu medicamento: em jejum, no intervalo das refeições ou durante elas, por exemplo.
Tomar medicamentos com água é a melhor opção, porque ela não é tão complexa do ponto de vista de componentes como o leite, assim, não interage diretamente com o medicamento e não leva à produção de substâncias digestivas pelo organismo.
Recomenda-se o copo cheio para que o medicamento seja conduzido melhor até o estômago, não tendo muito contato com o esôfago - o esôfago é o órgão que conduz o alimento da boca ao estômago - e, dependendo da natureza do medicamento esse pode machucar tal órgão. A água também facilita o medicamento se dissolver diminuindo irritações ao estômago e contribuindo para sua absorção.
Fontes:
Medicamento na dose certa. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2005/070105_2_4.htm.
Interação fármaco-nutriente: uma revisão. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732002000200011&script=sci_arttext
gostei, obrigada!!!
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